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Análise de conteúdo




Categorização


Antes de o investigador poder começar a criar categorias, as unidades de significado alargadas têm de ser condensadas, o que significa que o número de palavras é reduzido sem perder o conteúdo da unidade (Graneheim & Lundman, 2004). A profundidade das unidades de significado determina o nível a que a análise pode ser efectuada. Este processo de condensação é frequentemente necessário quando os dados se baseiam em entrevistas e quando se pretende efetuar a análise de conteúdo latente. Para extrair o sentido dos dados, o material codificado pode ser dividido em domínios - grupos amplos baseados em diferentes focos do estudo. Graneheim e Lundman (2004) preferem o conceito de domínio de conteúdo, uma vez que, na sua opinião, este elucida uma área específica e explícita. Por exemplo, o material pode ser dividido com base nas perguntas utilizadas aquando da recolha dos dados ou em pressupostos teóricos da literatura (Bengtsson, 2016, p. 12).
No processo de categorização, são identificados temas e categorias. No entanto, na literatura não há consenso sobre quais títulos ou conceitos devem ser usados na análise de conteúdo. As subcategorias, que Burnard (1991) denomina subtítulos, são as unidades mais pequenas baseadas em unidades de significado. Na análise manifesta, por vezes, estas são as mesmas que os códigos das unidades de significado. As subcategorias podem ser classificadas em categorias mais amplas. O subtema concetual pode ser utilizado na análise latente em vez das categorias conceptuais. Os temas e as categorias identificadas devem ser internamente homogéneos e externamente heterogéneos, o que significa que nenhum dado deve cair entre dois grupos nem caber em mais do que um grupo (Krippendorff, 2004). Um tema é um conceito global do significado subjacente a um nível interpretativo latente e responde à pergunta “Como?”.
Todas as categorias devem estar enraizadas nos dados de que resultam. A deslocação das unidades de significado entre categorias assegura o desenvolvimento progressivo do resultado da categoria. Inicialmente, são frequentemente criadas várias categorias, mas o número é posteriormente reduzido (Burnard, 1991). A forma como o investigador sabe quando a categorização é suficientemente boa depende do objetivo do estudo, e a categorização é concluída quando se chega a uma explicação razoável (Bengtsson, 2016, p. 12).