As partes interessadas nos projetos são atores, indivíduos (grupo-alvo), organizações, instituições a nível local, regional, nacional, internacional direta ou indiretamente afetadas pelas atividades que irá realizar (Aaltonen, K., & Sivonen, R. 2009, p.132). As partes interessadas são parte essencial de um Projeto. Por isso, é importante fazer uma análise adequada antes de preparar a sua proposta. É importante identificar as partes interessadas e os parceiros durante a preparação da parte racional da proposta. Devem ser identificados os atores/instituições/organizações mais eficazes, importantes e chave.
Pode dividir a análise das partes interessadas em duas componentes: Beneficiários e Parceiros do Consórcio
Os beneficiários podem ser examinados em duas categorias:
Grupo(s)-alvo(s): O(s) grupo(s) alvo(s) do(s) projeto(s) é(são) direta e positivamente afetado(s) pelas atividades ao nível dos objetivos do projeto. Os trabalhadores dos parceiros do consórcio também podem ser incluídos no(s) grupo(s)-alvo. (Comissão Europeia, 2004, p.62)
Beneficiários finais: Os beneficiários finais são também pessoas que irão beneficiar das atividades do Projeto. No entanto, a diferença em relação ao(s) grupo(s)-alvo é que serão afetados a longo prazo. Por exemplo, se implementar um Projeto com o objetivo de promover o empreendedorismo social numa área e estiver a apoiar diretamente 50 potenciais empreendedores, esses 50 potenciais empreendedores estão no seu grupo-alvo. Quando as atividades do projeto terminarem e esses empresários iniciarem as suas atividades, o desemprego na zona começará a diminuir, a economia florescerá até certo ponto, os problemas sociais serão reduzidos.
Ao identificar os seus beneficiários finais, é importante ser realista e objetivo. Você deve fazer uma boa análise com objetivos tangíveis e específicos. Se você espera um impacto em uma área e tempo específicos, você deve mencioná-lo em sua proposta de forma elaborada. Deve justificar a sua estimativa/expectativa indicando a sua metodologia e a forma de pensar. O impacto nos beneficiários finais deve ser verificado a partir de fontes objetivas. Por exemplo, se as atividades do Project reduzirem o emprego em uma área e tempo específicos, esse resultado poderá ser verificado a partir de estatísticas locais.
Parceiros do Consórcio: Os autores das propostas devem entrar em contato com eles e realizar reuniões. Uma vez que estas organizações estão envolvidas com a área temática do Projeto, podem proporcionar uma melhor perspetiva e abordagem ao Projeto. Podem contribuir significativamente para a conceção da atividade, metodologia, partes de implementação do Projeto. Estão também em contacto com o grupo-alvo, pelo que é possível criar uma análise mais completa das necessidades, beneficiando da sua compreensão mais profunda com o grupo-alvo. Além disso, pode ser mais fácil e eficaz alcançar o(s) grupo(s)-alvo através destas organizações.
De acordo com o documento do convite à apresentação de propostas, os seus parceiros podem ser (a lista não está esgotada):
- Grupos de jovens não formais,
- Municípios, administrações locais, administrações públicas,
- Universidades, escolas, centros de educação,
- Organizações não governamentais, associações, fundações, sindicatos,
- Instituições privadas, empresas,
- Organizações Umbrella, redes nacionais/internacionais.
A maior parte dos convites à apresentação de propostas restringe o número de parceiros num projeto. Isso faz sentido, porque quanto mais parceiros você tiver, mais carga de gerenciamento você terá. Normalmente, o número de parceiros está em conformidade com o âmbito (por conseguinte, o orçamento) do programa. Assim, é importante que os autores das propostas selecionem os parceiros mais eficazes e adequados para o Projeto.
Um dos erros mais comuns é selecionar um parceiro devido a ter um bom relacionamento com ele. Embora conhecer e ter uma boa cooperação com uma instituição/ator assegure um funcionamento estável do Projeto, poderá reduzir o potencial/impacto das atividades.