A Gestão do Ciclo de Projeto (PCM) é uma abordagem sistemática utilizada para planear, implementar, monitorizar e avaliar projetos. Fornece um quadro estruturado para a gestão de projetos desde o seu início até à sua conclusão, garantindo que são executados de forma eficaz e eficiente para alcançar os objetivos pretendidos. O PCM é comumente usado em vários setores, incluindo desenvolvimento, negócios e administração pública, para garantir que os projetos sejam bem organizados, os recursos sejam utilizados de forma otimizada e os resultados sejam realizados (Dearden e Kowalski, 2003).
O ciclo do projeto é normalmente dividido em várias fases, cada uma com seu próprio conjunto de atividades e processos. Estas fases geralmente incluem (Vasiljević et al., 2013):
O PCM enfatiza uma abordagem participativa e iterativa, envolvendo as partes interessadas em várias etapas do ciclo do projeto (Svoboda et al., 2018, p. 21). Promove a aprendizagem contínua, adaptabilidade e melhoria ao longo do ciclo de vida do projeto. O gerenciamento eficaz do ciclo do projeto contribui para resultados bem-sucedidos do projeto, maior responsabilidade e utilização eficiente dos recursos.
O Gerenciamento do Ciclo do Projeto é uma estrutura sistemática que orienta o planejamento, a execução, o monitoramento e a avaliação de projetos para alcançar os objetivos pretendidos, garantindo a utilização eficiente dos recursos e o envolvimento das partes interessadas. É um processo dinâmico que facilita a gestão eficaz do projeto e a tomada de decisões.
Os projetos financiados pela UE e a Gestão do Ciclo de Projetos (PCM) partilham uma relação estreita e simbiótica. A PCM é uma abordagem estruturada para a gestão de projetos desde o seu início até à sua conclusão, sendo particularmente relevante no contexto de projetos financiados pela UE devido aos requisitos e características únicos destes projetos.
História da Abordagem PCM: As raízes da abordagem de Gestão do Ciclo de Projeto podem ser rastreadas até o setor de desenvolvimento e organizações internacionais. Em meados do século 20, à medida que os esforços de desenvolvimento se expandiram globalmente, surgiu a necessidade de maneiras mais eficazes de planejar, implementar e avaliar projetos destinados a melhorar as condições de vida nos países em desenvolvimento (Kabeyi, 2019, p.73). As Nações Unidas, o Banco Mundial e outras instituições internacionais foram pioneiros em metodologias de gerenciamento de projetos que enfatizaram o planejamento sistemático, abordagens participativas e avaliação contínua.
Nas décadas de 1970 e 1980, a Comissão Europeia (CE) adotou e adaptou esses princípios no que hoje reconhecemos como Gerenciamento do Ciclo do Projeto. A integração da PCM pela CE nos seus processos de financiamento e execução de projetos foi uma resposta à crescente complexidade dos projetos e ao desejo de assegurar que os fundos fossem utilizados de forma eficiente e que os resultados fossem alcançados. O PCM tornou-se uma pedra angular das práticas de gestão de projetos da CE, orientando a forma como os projetos eram concebidos, executados e monitorizados.